Maquiagem Preta – O Dia Que Me Pegou Desprevenida
Eu tava na cozinha, o rádio chiando baixo, tentando passar um delineado preto – e aí me deu um frio, como se aquilo fosse me engolir ou me salvar.
O pincel tremia na mão, o espelho embaçado de vapor do café que eu tinha esquecido no fogo, e eu ali, olhando pro meu reflexo torto, pensando: “Por que eu insisto nisso?”.
Não era só maquiagem preta, era um confronto – comigo, com o silêncio, com o dia que tava desabando lá fora.
Peguei o delineador líquido preto, aquele que eu jurei que ia dominar, e me joguei.
Não saiu perfeito, mas saiu vivo – e talvez seja disso que eu tava correndo atrás.
Leia também: Maquiagem Marrom: Como Fazer um Esfumado Perfeito
Antes de ir fundo, eu tenho que te contar: tem um vídeo que eu gravei na época, logo depois desse dia na cozinha, que mostra como eu fiz pra transformar o erro num delineado esfumado preto que me deixou inteira.
Tá logo aqui embaixo – dá uma olhada depois, porque eu falo mais sobre o que me atravessou enquanto o pincel escorregava.
É cru, sem edição, mas é de verdade.
O Primeiro Corte – Sombra Líquida Preta e o Erro Que Me Parou
Num sábado – ou foi numa sexta?
Não importa, o chão tava frio, eu derrubei a sombra líquida preta no tapete e ficou um borrão gritando no meio da sala.
Eu olhei aquilo e pensei: “É assim que eu me sinto às vezes”.
Mas aí, em vez de limpar logo, peguei um pincel vagabundo e comecei a esfumar o acidente – no tapete, na pele, na vida.
E foi onde eu entendi: ter uma sombra de fundo pra esfumar o preto é tudo.
Sem ela, o preto fica seco, morto, como um grito sem eco.
Você já tentou passar maquiagem preta direto na pele nua?
Fica duro, quase cruel.
A sombra de fundo – um marrom sujo, um cinza que mal se vê – dá profundidade, faz o preto respirar, virar algo que te olha de volta.
Eu já me iludi achando que o preto puro bastava – (num dia que eu tava cega de pressa), mas aprendi na marra que ele precisa de camadas pra não te engolir.
Foi ali, com o tapete manchado e o coração apertado, que eu vi o erro virar outra coisa.
Esfumei até sentir um calor subindo – não sei se era raiva ou alívio, mas eu gostei.
Como Realçar os Olhos Pretos – A Tarde Que Me Quebrou
Eu tenho olhos escuros, quase pretos, e por anos achei que maquiagem preta ia me apagar.
Até que numa tarde abafada, sem plano, peguei o delineador líquido preto e fiz um traço torto – não era pra dar certo, mas deu.
Eu tava exausta, tinha chorado antes, e o espelho me devolvia um cansaço que eu não queria encarar.
Mas aí, com o delineado esfumado preto subindo no canto, algo mudou.
Como realçar olhos pretos?
Não é só o traço – é o contraste, o jeito que você puxa a sombra líquida preta pra fora, como se tivesse abrindo espaço pra eles falarem.
Usei um lápis claro na linha d’água – daqueles baratos, que quase não aparecem – e o preto ganhou vida, como se meus olhos finalmente tivessem bordas.
Eu não sabia que ia funcionar – mexi, parei, quase desisti.
Mas quando vi o resultado, senti um peso saindo, como se tivesse achado um pedaço de mim que eu nem sabia que tava perdido.
Isso me deu um fogo – ou talvez um vazio, mas no fim me achei ali, inteira.
Delineado Preto – O Som Da Minha Respiração Parando
Teve um dia que eu lutei com o delineado preto – o rádio tava desligado, o ar pesado, e eu tentando fazer aquele traço perfeito que todo mundo jura que é fácil.
Não é.
O pincel escorregou, eu xinguei baixo, e o erro ficou me encarando.
“Por que eu faço isso comigo?” – pensei, mas não parei.
Peguei um cotonete, esfumei a bagunça, e de repente era um delineado esfumado preto que eu nunca tinha planejado.
Às vezes, acho que a maquiagem preta é assim: você vai achando o caminho enquanto tropeça.
Se você quer tentar o delineador líquido preto, eu pego o pincel fino, faço o traço torto mesmo – ou tento, porque já fui por outro lado e me arrependi.
O segredo é não ter medo do erro – ele te leva pra algum lugar, mesmo que seja um canto que você não queria visitar.
Eu já me lasquei achando que precisava de precisão, mas numa noite que pesava demais, com o coração na garganta, o esfumado me trouxe de volta.
Como Destacar Olhos Escuros – O Estalo Que Me Marcou
Como destacar olhos escuros?
Eu só saquei isso numa manhã que o sol entrava torto pela janela, batendo no espelho sujo.
Eu tava com a sombra líquida preta na mão, sem vontade, mas fui.
Passei um tom quente por baixo – um ferrugem que eu tinha esquecido na gaveta – e aí veio o preto, pesado, carregado.
O truque é jogar luz onde o preto não chega: um toque de iluminador no canto interno, um risco leve que brilha contra a escuridão.
Meus olhos, que sempre pareceram só um buraco escuro, de repente tinham forma, peso, história.
Eu lembro do som daquele dia – o tic-tac do relógio, o vento batendo na cortina – e do jeito que o ar ficou na minha pele quando eu me vi.
Não era só maquiagem preta, era um espelho que eu não esperava.
Você já sentiu isso?
Algo que te atravessa e fica?
Maquiagem Preta Me Cortou e Me Costurou
Eu nunca fui de maquiagem preta – achava que era coisa de quem sabe se mostrar, e eu sempre me escondi.
Mas teve um dia, com o silêncio pesando, que resolvi mexer nisso e me vi.
Peguei a sombra líquida preta, espalhei com os dedos – sem pincel, sem regra – e senti o frio dela na pele.
Era como se eu estivesse desenhando algo que eu não sabia nomear.
Já tentou isso?
Passar o preto e deixar ele te guiar?
Eu fiz, e o delineado esfumado preto que saiu não era bonito – era meu, torto, vivo.
Pra sombra líquida preta, eu faço assim: espalho com o dedo, esfumo com um pincel velho – porque já tentei com cotonete e senti o erro na alma.
É bagunçado, mas é real.
O Fim – Ou o Começo, Sei Lá
Isso me levou pra um lugar que eu não esperava – espera, deixa eu respirar.
Escrever sobre maquiagem preta é como contar de um dia que te cortou fundo, mas te deixou de pé.
Eu achava que era só pra ficar bonita – até que, num dia que eu mal respirava, fiz diferente e senti um vazio virar calor.
O delineado preto, a sombra líquida preta, o esfumado – não é só técnica, é um grito que você dá sem abrir a boca.
Deu certo assim, torto – você pode achar outro jeito, ou não.
Eu lutei com isso – quase desisti na bagunça, mas o preto me deu um respiro.
E agora, olhando pro espelho, com o rádio chiando de novo, eu penso: “Talvez eu volte pra cozinha amanhã e tente de novo”.
Não sei se vou acertar o traço, mas vou sentir o peso – e isso já basta.
0 Comentários