Maquiagem Dourada: Histórias Pessoais e Técnicas que Transformam

Mulher negra com maquiagem dourada iluminada pela luz natural, olhar expressivo transmitindo emoção e confiança, destaque para o brilho dourado nas pálpebras.

O brilho que me encontrou: confissões sobre maquiagem dourada

Eu tava sentada no chão do banheiro, luz amarelada refletindo nos azulejos descascados, encarando uma paleta que tinha comprado num impulso – dourada, cintilante como promessas. 

Aquela make dourada me intimidava. 

Sempre achei que o ouro na pele era pra quem já nascia sabendo, não pra quem tropeça nos próprios passos como eu. 

Mas naquela noite, com o silêncio do apartamento pesando nas costas e uma decisão impulsiva de não cancelar mais um encontro, decidi que o dourado ia ser meu escudo ou meu fracasso.

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E aí, mexendo nisso, lembrei de um vídeo que vi – ou tropecei, sei lá – num dia que o celular tava quase sem bateria. 

Era alguém mostrando como fazer uma make dourada simples, e eu fiquei com aquilo na cabeça, tipo um fogo que não apaga. 

Não é que eu copiei tudo, mas peguei uns pedaços e misturei com o meu jeito, e olha, saiu algo que me pegou desprevenida.


O dia que a sombra dourada me ensinou sobre cicatrizes

Faz uns três anos – não, espera, quatro? 

Foi depois daquele término que me deixou em cacos. 

Tava numa fase tentando me reinventar, sabe? 

Aquela clássica mudança pós-coração partido. 

Comprei uma sombra dourada num mercadinho de bairro (desses que vendem de tudo um pouco), era baratinha e brilhava forte. 

Lembro que cheguei em casa, abri e pensei "isso é demais pra mim" – guardei na gaveta como quem guarda um sonho muito grande.

Um sábado, acordei com aquela sensação de concreto no peito. 

Sem planos, o dia longo demais pela frente. 

Abri a gaveta – a sombra ainda lá, esperando. 

Decidi que ou era agora ou nunca. 

Passei nos olhos sem técnica nenhuma, só espalhei como criança com tinta. 

E sabe o que aconteceu? 

Uma amiga passou pra me buscar, olhou pra mim e disse "caramba, você tá diferente". 

Não era pela maquiagem com sombra dourada em si, mas pelo que ela representava – eu tentando algo novo, saindo da zona cinza que tinha me enfiado.

Na verdade, maquiagem dourada pra pele negra tem um poder que demorei pra entender. 

Minha mãe sempre falava – "seu tom de pele carrega o dourado como realeza" – mas eu demorei pra acreditar nisso. 

Achava que ia chamar atenção demais (como se isso fosse ruim). 

Um dia, uma menina no metrô, não devia ter mais que 16 anos, me perguntou que sombra era aquela. 

Gaguejei, falei o nome. 

Ela disse que nunca tinha pensado que podia usar dourado também. 

Isso me quebrou – quanto tempo todas nós perdemos achando que certos brilhos não são pra nós?

Quando a maquiagem dourada com glitter virou meu campo de batalha

Isso me lembra – teve uma fase que a maquiagem dourada com glitter era meu ritual de guerra. 

Parece bobo, né? 

Mas em 2019 – ou foi 2020? 

Já misturei tudo – estava numa entrevista de emprego onde eu era a única mulher negra. 

Tinha ouvido histórias sobre aquele lugar, sobre como avaliavam "apresentação" e "adequação". 

Na noite anterior, em vez de usar o neutro seguro de sempre, algo em mim gritou e passei um delineado gatinho com a pontinha dourada e glitter mínimo.

A entrevistadora comentou – não sobre minhas qualificações primeiro – mas disse "que maquiagem interessante" num tom que fiquei sem saber se era elogio ou crítica. 

Respondi que era maquiagem dourada para pele negra, uma técnica que realçava meus traços naturais. 

Falei como se desse aula há anos sobre o assunto, quando na verdade tinha aprendido na base da tentativa e erro.

Não peguei o emprego. 

(Talvez nunca fosse pegar). 

Mas naquele dia, o dourado foi minha pequena revolução. 

Uma forma de dizer "estou aqui, completa, com meus brilhos, não vou me apagar".

Tropeços e descobertas: meu caminho torto com make dourada simples

Tem dias que acordo e penso – por que complicamos tanto? 

Make dourada simples virou meu refúgio nos dias de pressa. 

Um toque no canto interno do olho (bem de leve, com o dedo mesmo), um batom nude com subtom quente, e pronto. 

Lembra aquela filosofia japonesa do wabi-sabi? 

Sobre encontrar beleza na imperfeição? 

Esse é meu relacionamento com maquiagem hoje.

Mas nem sempre foi assim. 

Já desperdicei um salário inteiro em produtos que prometiam transformação instantânea. 

Comprei uma vez – tinha acabado de receber, tava feliz – um kit completo de maquiagem com glitter dourada. 

Cheguei em casa ansiosa, abri tudo, espalhei pela cama como tesouro. 

Tentei recriar um look que tinha visto no Instagram, daqueles perfeitos demais.

Duas horas depois, meu rosto parecia que tinha mergulhado numa mina de ouro – e não no bom sentido. 

Glitter até na alma, dourado borrado nas pálpebras, frustração no peito. 

Lavei tudo, chorei um pouco (de raiva? de decepção? nunca soube). 

No dia seguinte, com calma, peguei só um produto – um iluminador dourado básico – e passei nas maçãs do rosto. 

Olhei no espelho e vi alguém real. 

Foi aí que entendi que maquiagem dourada simples não era sobre quantidade, mas sobre intenção.

O encontro com o espelho que mudou minha relação com brilho

Teve um dia específico – fevereiro de ano passado, luz da tarde entrando pela janela do quarto – que mudou minha relação com maquiagem para sempre. 

Estava me arrumando para um aniversário, sem muita vontade de ir, quando decidi tentar uma técnica nova de maquiagem com glitter dourada que tinha visto no TikTok.

Apliquei um primer (que na verdade era um hidratante com brilho), depois uma base leve. 

No olho, passei uma sombra marrom clarinha na pálpebra toda e coloquei o dourado sobre ela, como se estivesse pintando um quadro em camadas. 

O glitter veio por último – só um toque no centro da pálpebra. 

Quando terminei e me olhei no espelho, não vi só maquiagem. 

Vi alguém que finalmente tinha entendido que beleza não é perfeição, é expressão.

Naquele aniversário, uma senhora de uns 70 anos me parou no banheiro do restaurante para dizer que meus olhos pareciam "pequenos sóis". 

Contei a ela sobre minha jornada com maquiagem dourada para pele negra, e ela me confessou que aos 65 começou a usar vermelho nos lábios todos os dias porque "a vida é curta demais para guardar o brilho para depois".

Erros que viraram técnicas: reinventando a make dourada

Se você for tentar uma maquiagem dourada com glitter, deixa eu te contar uma coisa que aprendi quebrando a cara: fixador antes, sempre. 

Tinha um casamento – da minha prima que sempre foi a "bonita" da família – e queria arrasar. 

Passei o glitter direto, sem base nenhuma. 

Chegando lá, meia hora depois, parecia que tinha sido atacada por confete. 

Tinha dourado nas bochechas, no queixo, na testa.

Uma amiga me puxou pro banheiro (dessas amigas que salvam), tirou da bolsa um gloss transparente e disse "passa isso na pálpebra primeiro, depois aperta o glitter por cima". 

Improviso que virou técnica – agora faço sempre assim e o brilho dura a noite toda.

Outro erro que me ensinou: maquiagem dourada não é só para festas. 

(Demorei pra entender isso). 

Passei anos achando que precisava de "ocasião especial" pra usar qualquer coisa que brilhasse. 

Até o dia que tava num humor péssimo, reunião chata de trabalho pela frente, e pensei "por que não?" – passei uma sombra dourada bem leve, quase imperceptível. 

O dourado não mudou a reunião, claro, mas mudou como me senti nela.

O dourado como forma de me reconectar com minhas raízes

Mãos experientes de uma senhora negra segurando uma antiga caixinha metálica com pó dourado, iluminadas por luz natural quente, simbolizando tradição familiar e conexão entre gerações através da maquiagem.

Tem uma história na minha família – minha avó, nascida no interior, que raramente usava maquiagem, tinha uma pequena caixinha de metal com um pó dourado dentro. 

Só usava em festas de fim de ano. 

Criança, eu ficava fascinada vendo ela passar aquele pó nas pálpebras com os dedos já marcados pelo tempo.

Anos depois, entendi que aquilo era uma forma dela de celebração, de marcar momentos. 

O dourado carrega isso – um simbolismo de valor, de momentos que merecem ser destacados. 

Quando comecei a explorar maquiagem dourada para pele negra como algo cotidiano, senti como se estivesse expandindo o que minha avó me ensinou – que o brilho não precisa ser raro para ser especial.

Uma vez, fiz uma maquiagem dourada simples para um almoço de família. 

Minha tia olhou e disse "você tá parecendo sua avó quando era moça". 

Foi o elogio mais bonito que já recebi.

As perguntas que sempre me fazem sobre o brilho dourado

Qual cor de batom combina com maquiagem dourada?

Me perguntaram isso num ônibus, acredita? 

Eu tava voltando pra casa depois de um dia exaustivo, olheiras até o queixo, mas tinha um dourado suave nas pálpebras (meu truque pra parecer menos cansada). 

Uma menina sentou do meu lado e simplesmente soltou a pergunta.

Respondi o que aprendi vivendo – que batom nude com subtom quente cria harmonia, vermelho faz o dourado parecer mais sofisticado, e roxo escuro cria um contraste que eu particularmente amo. 

Mas a verdade é que depende do seu tom de pele, da ocasião, do seu humor. 

Tem dias que acordo e só um batom marrom combina com o dourado que quero usar; outros dias, um rosa bem claro é o que faz sentido.

A menina do ônibus anotou tudo no celular como se eu fosse alguma especialista. 

Não contei pra ela que na semana anterior tinha saído com um batom laranja neon e sombra dourada – uma combinação que minha melhor amiga descreveu carinhosamente como "corajosa".

O que é maquiagem beautiful?

Essa pergunta me pegou numa festa, copo na mão, música alta demais. 

Uma conhecida gritou no meu ouvido sobre maquiagem beautiful enquanto eu mostrava como tinha feito minha make dourada simples. 

Fiquei confusa por um segundo, até entender que ela se referia à tendência de maquiagem natural, aquela que realça sem transformar completamente.

Expliquei – quase perdendo a voz – que maquiagem beautiful é sobre parecer a melhor versão de si mesma, com pele luminosa, cores que harmonizam com seu tom natural, nada muito gritante. 

É praticamente o oposto do que eu fazia nos meus 20 anos, quando achava que mais era sempre mais.

O engraçado é que ali, gritando sobre maquiagem num canto de festa, percebi que minha relação com maquiagem dourada tinha evoluído para algo assim – não usava mais para me transformar, mas para me celebrar. 

A maquiagem com sombra dourada que tinha aplicado naquela noite era sutil, apenas o suficiente para fazer meus olhos captarem a luz quando eu me movia.

Qual o nome do glitter de maquiagem?

Recebi essa mensagem de uma sobrinha adolescente num domingo à tarde. 

"Tia, qual o nome daquele glitter que você usa?" – como se existisse só um tipo no mundo. 

Sentei e escrevi um pequeno tratado: tem o glitter solto, o pressed glitter (prensado), o glitter em gel, o pigmento com reflexo metalizado que parece glitter mas não é...

Expliquei que o que eu mais uso para maquiagem dourada com glitter é um pigmento prensado, porque dá menos bagunça. 

Falei sobre a diferença entre glitter cosmético (feito para pele, seguro) e glitter de artesanato (que pode arranhar a córnea e nunca deve chegar perto dos olhos).

Ela respondeu com um "valeu, tia" e achei que o assunto tinha morrido ali. 

Semanas depois, visitei minha irmã e encontrei a sobrinha com uma maquiagem dourada para pele negra simplesmente impecável – melhor que qualquer coisa que eu já tinha feito. 

Quando perguntei onde tinha aprendido, mostrou um caderninho onde tinha anotado tudo que eu tinha explicado, mais tutoriais que tinha pesquisado depois.

Se você ainda está insegura sobre como criar sua própria make dourada, tropecei num artigo que me ajudou quando eu tava naquela fase de "quero, mas não sei por onde começar". 

Sabe quando você fica procurando referências até de madrugada? 

Foi numa dessas noites insones que encontrei estas dicas para maquiagem dourada de fim de ano

Não segui à risca – nunca sigo nada à risca, pra ser sincera – mas aquilo me deu um norte quando eu ainda tava tateando no escuro, tentando entender como adaptar o dourado para meu tom de pele e meu estilo. 

Às vezes precisamos de um empurrãozinho para depois criar nosso próprio caminho, né?

O brilho dourado como forma de resistência

Talvez o ouro na pele seja uma das formas mais antigas de dizer "estou aqui, mereço ser vista". 

Quando entendi isso, maquiagem dourada simples virou mais que estética – virou declaração.

Hoje, aos 34 (quase 35, o tempo não perdoa), olho para trás e vejo como cada fase com o dourado marcou momentos da minha vida. 

O dourado hesitante dos primeiros experimentos, o exagerado das festas universitárias, o sutil dos dias de trabalho, o elaborado das grandes celebrações.

Se você está começando nessa jornada com make dourada, meu conselho é: não tenha medo de errar. 

O glitter vai cair no lugar errado, o dourado vai parecer demais em alguns dias, de menos em outros. 

Mas cada tentativa te ensina algo novo – sobre técnica, sim, mas principalmente sobre como você quer se apresentar ao mundo.

Quanto às regras – existem muitas sobre maquiagem dourada para pele negra, sobre maquiagem com glitter dourada, sobre combinações "certas". 

Ouça todas, depois escolha quais fazem sentido pra você. 

O brilho mais bonito sempre será aquele que te faz sentir em casa na sua própria pele.

E se um dia você me encontrar, olhos brilhando de dourado num dia comum de semana, saiba que não é só maquiagem que você está vendo – é história, aprendizado, pequenas batalhas e vitórias. 

Cada partícula dourada carrega um pedaço da jornada.

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