Maquiagem Neutra: Crua e Sem Filtro

Mulher com maquiagem neutra inacabada, olho esfumado em bege, rosto cru sob luz amarelada, pincel tremendo e emoção à flor da pele

Maquiagem Neutra: O Que Sai do Peito Quando o Espelho Me Encara

Eu tava ali, num fim de tarde embolado, com a luz amarelada do abajur batendo torto no rosto, tentando passar um corretivo que eu juro que comprei errado – aquele tom bege que parece gritar “você não sabe o que tá fazendo”.

Maquiagem neutra simples, era o plano: algo que me deixasse viva sem parecer que eu tava implorando atenção.

Só que o pincel escorregou, caiu no chão, e eu fiquei olhando pro espelho, com metade da cara feita e a outra metade crua, pensando: por que eu ainda tento?

Não era pra casamento, não era pra noite, era só pra mim – e mesmo assim, deu errado.

É essa bagunça que me prende na maquiagem neutra: ela não mente tanto quanto eu.

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Um Vídeo que Me Pegou no Meio da Raiva

Eu tava quase jogando o pincel na parede quando lembrei de um vídeo que vi uns dias antes – uma mina desleixada, com o cabelo preso num coque torto, mostrando como fazer maquiagem com cores neutras sem parecer que passou três horas na frente do espelho.

Ela riu no meio, derrubou um potinho de sombra, e continuou como se nada tivesse acontecido.

Me vi ali, naquelas mãos trêmulas e no jeito meio bruto de esfumar.

Dá uma olhada nisso aqui, porque às vezes a maquiagem neutra não é sobre acertar – é sobre sobreviver ao que você vê no reflexo.


O Que Sai Quando Eu Tento Entender Isso

Eu já chorei com base escorrendo pela cara, num dia que eu só queria sair de casa sem parecer um fantasma.

A maquiagem neutra pra casamento da minha prima foi assim: eu sentada no canto do quarto dela, com um vestido emprestado que pinicava, tentando não borrar o rímel enquanto ela gritava com o noivo pelo telefone.

O que deixa a maquiagem natural?

É o medo de ser demais, de gritar com cores que eu não sei carregar.

É ficar quieta no canto, com tons de bege e marrom que não pedem licença, mas também não me traem.

Eu passei um batom nude que tremia na mão, e ela me olhou, disse “tá linda”, mas eu sabia que era só pra me calar.

As cores neutras na maquiagem são tipo um soco que você não vê vindo – bege, taupe, aquele marrom que parece terra molhada, um cinza que não explica nada.

Eu peguei um estojo velho da minha mãe uma vez, daqueles que ela usava nos anos 90, e vi que era tudo isso: tons que não brigam, mas também não te salvam.

Eu esfreguei um dedo na sombra e passei no olho, sem nem limpar a sujeira do dia, e funcionou.

Não era bonito, mas era eu.

(Será que é só isso? Um jeito de não me odiar tanto?)

A Noite que Eu Desisti e Voltei

Maquiagem neutra pra noite é outro bicho.

Eu lembro de uma vez, saindo com uma amiga que não via há anos, o bar com luz baixa e cheiro de cerveja derramada.

Eu tava com um delineado torto e um batom que já tinha sumido na primeira taça de vinho.

Ela disse que eu tava “chique”, mas eu sabia que era só o escuro ajudando.

Usei um bronzer que peguei de um kit amassado, passei nas têmporas com o dedo mesmo, e deixei pra lá.

É isso que eu gosto: não precisa de espelho, não precisa de luz boa – as cores neutras maquiagem carregam o tranco sozinhas.

Mas eu voltei pra casa com o rosto coçando, os poros gritando, e joguei tudo na pia.

Qual maquiagem é mais saudável?

Nenhuma, se você for eu, que esquece de tirar e dorme com a cara no travesseiro.

O Corte que Ficou na Minha Cabeça

Idosa com cabelo branco aplica pó solto em maquiagem neutra, luz suave em banheiro gasto, expressão serena e ritual simples.

Teve um dia que eu vi minha tia, já com os cabelos brancos caindo no ombro, passando um pó solto no rosto – só isso, nada mais.

Ela tava indo pra igreja, mas parecia que tava indo pro Oscar da vida dela.

Aquilo me acertou: maquiagem neutra simples não é sobre esconder, é sobre segurar o que resta.

Eu tentei copiar, mas meu pó virou uma máscara, e eu lavei tudo com raiva, a água pingando no chão enquanto eu xingava o espelho.

Acho que é por isso que eu fico nos neutros – eles me deixam respirar, mesmo quando eu erro.

Dicas que Eu Joguei na Mesa

Se você quer tentar, pega um pincel qualquer e esfuma um marrom nas pálpebras – não precisa de técnica, só vai.

Maquiagem com cores neutras vive de bagunça: um blush que parece que você correu dois quarteirões, um batom que mal aparece.

Eu aprendi isso vendo uma mina no TikTok, com a cara lavada e um café na mão, mostrando como faz – procure aí.

É real, é rápido, e não te deixa com cara de quem tá tentando demais.

O Peso que Ficou no Meu Peito

Eu olho pras minhas mãos agora, com o restinho de base agarrado nas unhas, e penso: pra quê?

Maquiagem neutra é tipo um grito abafado – você quer ser vista, mas não quer que ninguém perceba o esforço.

Eu já me perdi nisso, já chorei por causa disso, já ri sozinha no banheiro com o rímel borrado.

Não tem final feliz aqui, só um rosto que eu tento reconhecer.

Se você tá lendo isso, faz o teu jeito, mas não espera que te salve – no fim, é só tinta, e a gente continua sendo a gente.

Eu tava rolando o celular outro dia, o café esfriando na caneca, quando tropecei num canto do Pinterest que me fez parar – uma coleção de maquiagem neutra que parecia mais um soco do que inspiração. 

Era tudo ali: sombras taupe jogadas de qualquer jeito, blushes que mal marcavam, umas fotos tortas de mulheres que não tavam posando pra ninguém. 

Me lembrou o dia que eu tentei copiar minha tia e falhei feio. 

Se você quer ver isso com os próprios olhos, dá um pulo aqui. 

Não é tutorial, é vida – e às vezes é o que falta pra cair a ficha.

O Fim que Não Explica Nada

Eu tava limpando o rosto ontem, o algodão preto de rímel, a pia cheia de respingos, e pensei: maquiagem neutra não conserta o que eu sinto quando o silêncio aperta.

É só uma camada que eu arranco no fim do dia, um jeito de encarar o espelho sem desabar de vez.

Teve uma noite que eu saí com os olhos borrados, o batom nude já apagado, e um cara no bar disse “você tá bem natural” – eu ri alto, um riso que cortou o ar, porque ele não fazia ideia.

Isso aqui não é sobre beleza, é sobre segurar as pontas.

No fim, fico com as cores neutras maquiagem pra não gritar mais alto que a minha cabeça já faz.

Joguei o pincel na gaveta, tranquei a porta, e deixei pra lá – amanhã eu tento de novo, ou não.

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