O Dia que a Maquiagem Me Fez de Palhaça no Pátio da Firma
Estava eu, no intervalo do almoço, naquele pátio cinza da empresa, com o sol batendo na cara e o vento levantando poeira.
Tinha acabado de passar um rímel novo, achando que ia dar um up no visual pra reunião da tarde.
Só que, quando voltei pro escritório, a colega do RH me puxou de canto e falou, com aquele tom de quem não quer rir na tua frente: “Amiga, tá com os cílios grudados que nem perna de barata”.
Foi aí que eu vi, no reflexo da janela embaçada, o estrago – um dos erros comuns na maquiagem que eu jurava que nunca ia cometer.
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Não era só o rímel empelotado, era o pó compacto que eu tinha jogado na pressa, rachando na testa como chão de deserto.
Aquele dia me pegou desprevenida, e eu aprendi na marra que maquiagem não é só passar produto – é saber onde pisa.
O Vídeo que Me Salvou no Dia Seguinte
No dia seguinte, ainda com o ego machucado, eu tava jogada no sofá da sala de espera do prédio, com o celular na mão e o fone no ouvido.
Decidi que não ia passar vergonha de novo.
Achei um vídeo no YouTube, “OS 5 MAIORES ERROS NA MAQUIAGEM E COMO CONSERTÁ-LOS ”, e fiquei vidrada.
Era uma live crua, sem filtro, e eu senti que ela tava falando comigo, tipo uma amiga que te sacode pra acordar.
Anotei tudo num guardanapo que achei no bolso – e, olha, funcionou.
Eu já tinha errado feio antes disso.
Teve uma vez, num churrasco na laje da prima, que eu passei iluminador achando que ia brilhar como diva.
Só que o sol bateu, e eu virei um farol humano – dava pra ver cada poro gritando na minha cara.
O que não se deve fazer na maquiagem?
Passar iluminador nas áreas erradas, tipo testa oleosa ou queixo com textura, e achar que mais é melhor.
A prima, coitada, tentou me avisar, mas eu tava tão empolgada com o “glow” que ignorei.
Resultado: saí nas fotos parecendo que tinha fritado bacon na cara.
É o tipo de coisa que te faz repensar a vida – e o pincel.
Depois disso, comecei a reparar nos erros da maquiagem que eu via por aí.
Uma vez, no ônibus lotado, uma mulher do meu lado tava com o contorno dos lábios tão torto que parecia que o batom tava fugindo da boca.
Eu quis ajudar, mas como você fala isso pra uma estranha sem soar grossa?
Ela usava um lápis marrom escuro e um batom rosa claro – um crime em duas cores.
Aí eu pensei: será que eu já fiz isso e ninguém me avisou?
É fácil julgar, mas a verdade é que a gente só aprende errando – ou vendo o erro dos outros e correndo pra não repetir.
Os Riscos que Vêm no Pote
Quais são os riscos da maquiagem?
Não é só parecer um meme ambulante.
Tem coisa pior.
Eu já usei um rímel velho que coçava o olho toda vez que passava – até que um dia ficou vermelho e inchado, e eu corri pro médico.
Ele perguntou: “Há quanto tempo você tem esse tubo?”.
Eu não sabia.
Meses?
Anos?
Ele me deu um sermão: produto vencido vira ninho de bactéria, e eu tava esfregando isso nos cílios como se fosse nada.
Fora a pele, que já ficou cheia de espinha por dormir maquiada depois de uma festa na garagem do vizinho.
Acordei com o rosto gritando e um arrependimento que não cabia em mim.
Eu fico pensando: como a gente deixa isso acontecer?
Talvez porque maquiagem é tipo um vício – você quer o resultado, mas às vezes pula o básico.
Eu já pulei essa parte mil vezes, correndo pra sair, e o resultado era sempre o mesmo: base esfarelando, blush manchado, um caos.
No dia do rímel empelotado, eu nem tinha lavado o rosto direito – joguei o pó por cima da oleosidade e saí.
Aí, no pátio, o vento levou minha dignidade junto com a poeira.
Hoje eu sei que hidratar a pele antes é o que segura a make – mas precisei apanhar pra aprender.
O Cheiro da Maquiagem Morta
Como saber que maquiagem estragou?
Eu descobri isso numa tarde abafada, mexendo na bolsa no ponto de ônibus.
Peguei um batom que eu amava, abri, e o cheiro era de óleo rançoso – tipo gordura velha de cozinha.
Joguei fora na hora, com dor no coração, mas aí fui cheirar o resto.
O rímel tava com um fundo viscoso, o pó compacto com uma crosta esquisita.
Se muda o cheiro, a textura ou a cor, é sinal de que morreu – e você não quer isso na cara.
Minha tia, que é cabeleireira, me ensinou a checar a validade na embalagem, mas eu confesso que ignoro isso até o troço feder.
Eu já vi de tudo.
Teve uma colega da firma que exagerou no blush num happy hour no bar da esquina.
Ela tava com as bochechas tão vermelhas que parecia que tinha corrido uma maratona – ou levado um tapa.
Todo mundo riu, menos ela.
O erro?
Mão pesada e pincel errado.
Eu disse pra ela: “Miga, usa um pincel fofo e tira o excesso antes”.
Ela testou no dia seguinte e me agradeceu com um café.
Às vezes, o truque é simples, mas a gente complica.
O Que Realmente Importa?
O que é mais importante na maquiagem?
Eu diria que é conhecer tua pele e teu limite.
No dia do pátio, eu não sabia que meu rímel novo era grosso demais pros meus cílios finos.
Não adianta copiar a blogueira se o que funciona pra ela não bate contigo.
Minha pele é oleosa, então pó em excesso me destrói – já a minha irmã, que tem pele seca, usa quilos e fica linda.
É teste e erro, mas o principal é não se afobar.
E praticar.
Eu melhorei muito desde que comecei a treinar em casa, num canto da cozinha, com o rádio ligado e o cachorro latindo.
Dicas que Eu Queria Ter Ouvido Antes
Se eu pudesse voltar no tempo, diria pra mim mesma: menos é mais.
Pó compacto?
Só um toque, em luz natural, pra não virar massa corrida.
Blush?
Varre leve pras orelhas, sem esfregar tijolo na cara.
Iluminador?
Têmporas e cantinho do olho, nunca na testa suada.
Rímel?
Tira o excesso no tubo e separa os cílios com pente.
Contorno dos lábios?
Mesma cor do batom, ou nem tenta.
Parece óbvio agora, mas eu precisei quebrar a cara – literalmente – pra entender.
Conclusão: Maquiagem É Vida, Mas Não É Tudo
No fundo, os erros comuns na maquiagem são só um pedaço do caos que é ser gente.
Eu já chorei por uma make malfeita, já ri de um batom borrado, já me senti a última das criaturas por um iluminador mal colocado.
Mas sabe o que eu aprendi?
Que o erro não te define – o que você faz com ele, sim.
Então, pega teu pincel, testa, erra, acerta.
Só não deixa um rímel empelotado te derrubar no pátio da firma.
Eu sobrevivi pra contar – e você também vai.
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